sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A criação de Adão (versão neuro) e os prazos fechando o cerco


Mais um trabalho sendo feito naquele esquema que prometi que não repetiria em 2010 - a última hora! Mas quando saber a hora de parar de ler, sentar e escrever? Sinto-me sempre despreparado! O trabalho é para o curso Estética e Ontologia que foi ministrado pelo Prof. João Pardana Constâncio e teve como tema as relações entre estética e ontologia no pensamento de F. Nietzsche. Estou escrevendo sobre memória e esquecimento em Nietzsche, para contrapor às perspectivas neurocientíficas tão difundidas pela cultura de massa contemporânea, tentando entender o que está em jogo quando o foco é deslocado do estômago para o cérebro... duas perspectivas um tanto diferentes sobre o corpo.
Apesar de ser um tema que já vinha estudando no Brasil, o contato com as teses sobre memória, atenção e tomada de decisão do Professor de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford, Edmund T. Rolls, com quem pude conversar um pouco nas Conferências sobre a Condição Humana que aconteceram em Viseu ano passado e com o livro de Marc Jeannerod, "O cérebro íntimo", publicado em português de Portugal pelo Instituto Piaget, me fizeram rever alguns pontos nos quais insistia, sobretudo numa crítica um tanto generalista ao Darwinismo (acho que ler Darwin será meu próximo passo!).
Mas nessa coisa toda, tudo sempre corrido, um trabalho emendado no outro, vamos descobrindo preciosidades... estava agora mesmo pesquisando sobre Susan Aldworth, uma artista contemporânea que trabalha a partir de neuroimagens e que esteve no Brasil há uns 2 anos por ocasião de um evento do Pepas-UERJ e me deparei com uma interpretação de um tal F L Mershberger da "Criação de Adão", de Michelango, baseada na neuroanatomia (pelo menos esse assumiu que era interpretação!).

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