segunda-feira, 19 de março de 2012

Virtuosismo e publicidade contemporânea: o caso Miu Miu

A recente leitura de Virtuosismo e Revolução e a orientação das monografias de publicidade na Estácio me fazem suspeitar que o campo da produção do desejo de consumo ocupa um lugar estratégico nas investigações acerca das novas fronteiras (se é que ainda existe alguma) entre ação, trabalho e intelecto. O interessante é observar que este lugar pode ser pensado tanto a partir da perspectiva dos consumidores, quanto da perspectiva dos publicitários. O estopim desta suspeita são as recentes parcerias da Miu Miu com cineastas, que, além das categorias que fomos buscar em Hannah Arendt (via P. Virno) borram as demarcações, que já há algum tempo se apresentam esfumaçadas, entre arte e publicidade.

Se o tempo me permitir, escreverei algo sobre isso para o III Pro-Pesq PP 
por ora, me despeço com os filmes:

o primeiro da série, "The Powder Room", de Zoe Cassavetes (filha de John), é o mais careta de todos, parece uma publicidade "à moda antiga"



o segundo, meu favorito, chama-se Muta, foi dirigido por Lucrécia Martel, e me faz pensar em toda a polêmica européia em torno da legalidade do uso de véu pelas muçulmanas (não há véu no filme, mas também não há rostos)



O mais recente, The Woman Dress, de Giada Colagrande, é o que mais diretamente borra as fronteiras entre entre trabalho, ação e intelecto. As feiticeiras, magicamente, transformam mulher em vestido.



Caso eu desenvolva essas análises em algum canto, linko/posto aqui

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